E verbo não 'vareia' A Câmara Municipal de Paulista/PE vivia sessão agitada em função da discussão de um projeto enviado pelo prefeito, que pedia crédito para assistência social. Um vereador da oposição combatia de maneira veemente a proposição. A certa altura, disse que "era contra o crédito porque a administração municipal não merecia credibilidade". O líder da bancada gov...(Leia mais)
Zeca I Zeca Boca de Bacia fazia a alegria do povo em Campina Grande/PB. Personagem folclórico, amigo de políticos. Dava assessoria informal a Ronaldo Cunha Lima e a seu filho Cássio, prestes a ganhar o mandato de senador. Quando Zeca abria a boca, a galera caía na risada. Certa vez, numa de suas internações na clínica Santa Clara, em Campina Grande, a enfermeira foi logo perguntando: ...(Leia mais)
Abro a coluna com um "causo" que presenciei Um jumento bêbado no Piauí Comício de encerramento da campanha de Freitas Neto (PFL) ao governo do Piauí. Desde cedo, carros de som anunciavam monumental comício. Um showmício da grande Elba Ramalho. Carretas com imensos aparelhos de som saíram do Rio de Janeiro, 10 dias antes da data. Fortes chuvas atrapalharam o transporte...(Leia mais)
Abro a coluna com um "causo" engraçado nas terras da Bahia Bucéfalo Maetinga, no centro-sul da Bahia, a 609 quilômetros de Salvador, tinha, em 2000, segundo o IBGE, 13.686 habitantes. Já o censo de 2010 apurou 7.038 moradores, redução de 48,58%. O caso abriu imensa polêmica entre os vereadores. Mané de Zacarias dissera que os pesquisadores do IBGE erraram na contagem. ...(Leia mais)
Abro a primeira coluna do ano com Cabralzinho. Cabralzinho, líder estudantil em Campina Grande, foi passear em Sobral, no Ceará. Chegou em dia de comício. No palanque, longos cabelos brancos ao vento, o deputado Crisanto Moreira da Rocha, competente orador da província: – Ladrões! A praça, apinhada de gente, levou o maior susto. – Ladrões! Ladrões, porque voc...(Leia mais)
Abro a coluna com um "causo" de Goiás. Não mudou nada Miguel Rodrigues, velho e sábio político de Goiás, foi visitar uma escola primária. Ali, a professora ensinava os primeiros dias de Brasil: - No começo do Brasil colônia, como a América e o Brasil ficavam muito longe, para cá vieram, primeiro, muitos ladrões, degredados, condenados. O coronel Miguel suspirou: - Então ...(Leia mais)
Abro com uma historinha de Jaguaribe, no Ceará. Quatro chinelas O médico Francisco Ibiapina, do Jaguaribe/CE, tratava com muito zelo de um cliente recém-casado e acometido de forte gripe. O clínico fazia prescrições sobre o regime alimentar e sugeria cautelas para evitar recaída. A um lado, a jovem esposa presenciava a conversa, silenciosa e atenta aos conselhos do médico. Fixa...(Leia mais)
Abro a coluna com um "coroné" das Minas Gerais. Eclipses? Aqui não O coronel Zé Azul, chefe político de São Gonçalo do Abaeté, em Minas, era candidato a prefeito pela UDN, às vésperas de um eclipse do sol que a imprensa vinha prevendo para começo do ano seguinte, como o mais forte já visto no Brasil. O medo generalizou-se. Espraiavam-se relatos de crianças que iam nascer def...(Leia mais)
A coluna abre com a verve dos Albuquerque. "Xecape" do Carlucho Despachado, bom de lábia, ar brejeiro, dono de fazendas, Carlucho Albuquerque aproveitou a viagem ao Recife para matar saudades. Assistiria ao desfile de maracatus e visitaria o velho museu para apreciar a decoreba que os meninos de Olinda fazem sobre a saga de sua família, os Albuquerque, aberta por Matias de Albuquerqu...(Leia mais)
Abro a coluna com uma historinha das Alagoas. Povo do bola Gervásio Raimundo, fazendeiro, candidato a deputado estadual por Palmeira dos Índios/AL, foi fazer comício em Estrela, que antigamente se chamava Bola: – Povo do Bola! Atrás dele, Waldemar Sousa Lima, escritor, biógrafo de Graciliano Ramos, conserta ao ouvido: – Gervásio, eles não gostam de ser chamados de povo...(Leia mais)
Abro com o Joãozinho analisando a poesia de Carlos Drummond de Andrade. Tinha uma pedra no meio do caminho A verdade de hoje é bem diferente da realidade de ontem. Hoje, até a poesia se depara com outras pedras no caminho. Na sala de aula o professor analisa com seus alunos aquele famoso poema do Carlos Drummond de Andrade: "No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no mei...(Leia mais)
Abro com hilária historinha envolvendo o folclórico ex-governador Newton Cardoso, das Minas Gerais. Não mais heliocóptero Assumiu o governo de Minas e, no dia seguinte, foi ao aeroporto para viajar no helicóptero da administração estadual. Ao tomar conhecimento de que aquele "trem" tinha o nome de seu adversário, foi logo dando bronca no piloto: - Não entro de jeito nenhum nes...(Leia mais)
Abro a coluna com a sagacidade mineira. Quer ir à lua? Meu apoio Um correligionário da raposa mineira José Maria Alkmin fica meio "lelé da cuca" e surge, sem eira nem beira, no gabinete do ministro, ainda no Rio de Janeiro. Vai pedir inusitada colaboração. - Dr. Zé Maria, eu quero ir à lua e preciso da ajuda do senhor, diz o visitante. - Isto não é problema, diz Alkmin, dando ...(Leia mais)
Abro a coluna com Tancredo Neves. São Geraldo Geraldo Rezende, editor político de O Diário, sábio e santo, conversava com Tancredo no final da campanha para o governo de Minas, em 1960, contra Magalhães Pinto: - Tancredo, você precisa ter fé. Dê uma passada no Santuário de São Geraldo, em Curvelo, que São Geraldo não esquece seus devotos. Tancredo foi lá. Pe...(Leia mais)
O selo, coronel, o selo Nos Inquéritos Policiais Militares (IPM), abertos nos anos de chumbo, Jânio é chamado ao Rio para depor em um deles. Mas o ex-presidente não vai. E diz por que não vai: - Só falo no meu chão, na minha jurisdição. O coronel vai a São Paulo ouvi-lo. À máquina, o sargento escrevente e, ao lado de Jânio, seu amigo Vicente Almeida. O coronel começa: - Dr....(Leia mais)
Abro a coluna com uma historinha do cozinheiro Belarmino, de Fortaleza, Ceará. Pulé roti O negro Belarmino era um cozinheiro cheio de pompa e orgulho. Trabalhava no antigo "Hotel de France", em Fortaleza. Quem o azucrinava com sua cor, ele não deixava por menos: "roupa preta é que é roupa de gala". E arrematava: "penico também é branco". Chegava um cliente, e...(Leia mais)
Abro a coluna com uma historinha Estado do Rio de Janeiro. Idôneo Em certa cidade fluminense, o chefe local era um monumento de ignorância. A política era feita de batalhas diárias. Um dia, o chefe político recebeu um telegrama de Feliciano Sodré, que presidia o Estado: - Conforme seu pedido, segue força comandada por oficial idôneo. O coronel relaxou e gritou para a galera que o...(Leia mais)
Abro a Coluna com um "causo" de Macaíba/RN. 5 minutos de silêncio O pedido do minuto de silêncio faz parte da liturgia do poder. Surfam nessa onda políticos de todos os espectros. Até vereador faz uso do momento. Este caso ocorreu na Vila São José, bairro de Macaíba/RN. O ex-vereador e candidato Moacir Gomes inicia a oração rogando aos assistentes do comício um minuto de sil...(Leia mais)